A revolta da vacina
(Imagem de 1904 que mostra os agentes públicos injetando a vacina na população)
Vamos voltar para 10 de novembro de 1904, na antiga capital do Brasil, a cidade do Rio de Janeiro.
Naquela época a cidade do Rio de Janeiro se encontrava em situação desesperadora e de precariedade máxima, pois a cidade ia se expandindo cada vez mais e com isso vinha a falta de condições habitáveis.
As ruas do Rio de Janeiro em 1904 eram totalmente estreitas, a população tinha suas casas uma próxima da outra, não havia saneamento básico e acabou resultando em uma epidemia extrema de doenças como; Peste negra (Infecção bacteriana rara, mas grave, que é causada por insetos), febre amarela (Transmitida por uma espécie particular de mosquito) e varíola (Um vírus erradicado que costumava ser contagioso, desfigurante e muitas vezes, mortal).
A cidade do Rio de Janeiro era extremamente evitada pelos europeus em 1904, eles a evitavam ao máximo, pois a viam como uma cidade precária, a qual na época era. Foi com isso que o prefeito do Rio de Janeiro em 1904, Francisco Franco Pereira Passos, decidiu reformar a cidade esteticamente. Demoliu dezenas de casarões e sobrados no centro da cidade e retirou da mesma a população que se concentrava ali, a qual era as mais pobres.
Com a "reforma" estética iniciada pelo prefeito Francisco Pereira Passos, a população que tiveram suas casas demolidas foram morar na periferia, iniciando assim as primeiras favelas do Rio de Janeiro.
Contudo isso, a epidemia de doenças só se alastrava cada vez mais... A população pobre que havia se mudado para as favelas, ainda vivia em condições precárias, com falta de saneamento básico e mais pessoas estavam morrendo a cada dia que se passava por conta das doenças.
Foi aí que o prefeito decidiu combater os causadores das doenças, colocou em pratica a eliminação dos insetos e pragas que eram causadora das doenças, e com a varíola o prefeito
iniciou uma campanha de vacinação obrigatória contra a doença, a qual era comandada pelo Dr.Oswaldo Cruz.
A grande maioria da população era formada por pessoas desinformadas e pobres, que não conheciam a positividade, o benefício e o funcionamento que a vacina trazia, por isso se recusavam a tomá-la.
Muitas pessoas se recusavam a receber os agentes públicos que tinham como objetivo e obrigação a aplicação da vacina na população, na maioria das vezes as pessoas reagiam com violência e agressividade.
O povo de fato se revoltou, começou a quebrar prédios públicos, lojas, entre outros...
O governo decretou estado de sítio (estado de exceção, instaurado como uma medida provisória de proteção do Estado, quando este está sob uma determinada ameaça, como uma guerra ou uma calamidade pública.) e em seguida suspendeu a vacina temporariamente.
Enfim, a revolta da vacina teve um absoluto sucesso como conclusão, dentro de poucos anos a varíola estava erradicada no Rio de Janeiro e lentamente se expandiu até que em 1970 a varíola se erradicou por completo no Brasil.
Ao lado temos a imagem que ilustra a revolta da vacina que ocorria nas ruas do Rio de Janeiro.
Trabalho feito por: Maria Eduarda, Júlia Carolina e Kayllane.