domingo, 8 de dezembro de 2019

Movimento Abolicionista

     Durante muito tempo, os livros escolares apresentaram a abolição como uma doação da princesa Isabel (pressão crescente na sociedade), que ficou conhecida na época como "A Redentora". Mas nas últimas décadas graças a novos e aprofundados estudos a Abolição passou a ser vista como um processo envolvendo uma multiplicidade de fatores. Entre os quais cabe destacar a resistência escrava e o movimento abolicionista.
      Na verdade, onde houve escravidão, houve resistência. Segundo historiador João José Reis só entre 1807 e 1835 a província da Bahia presenciou mais de 20 revoltas promovidas pelos escravizados.
      Com o fim do Tráfico Atlântico em 1850, pela Lei Eusébio de Queiroz e o crescimento do Tráfico Interprovincial intensificaram-se as manifestações de rebeldia, revolta e resistência nas áreas cafeicultoras além de frequentes tentativas de fugas e o constante esforço para a compra de sua alforria, muitos escravizados buscaram a ajuda da justiça para lutar pelo seu direito à liberdade. Essa resistência dos próprios escravos foi a força motriz para a conquista da abolição. A partir da metade do século XIX, ganhou força movimento social envolvendo pessoas de diferentes etnias e condições sociais, que defendiam o fim da escravidão. Esse movimento ficou conhecido como Abolicionismo. Promovendo suas idéias em jornais, grupos e associações, os abolicionistas emprestaram sua voz, força e prestígio em prol do fim da escravidão.
      Filho de um fidalgo português e de uma africana liberta de origem nagô, Luiz Gama participou ativamente de movimentos contra a escravatura. Um dos fundadoras do Jornal Radical Paulistano ( 1869 ), Luiz Gama foi também líder da mocidade abolicionista e republicana, fazendo uso de uma oratória impecável e atuando como rábula ele libertou cerca de 1000 escravos nos tribunais.
      O engenheiro e militar Baiano André Rebouças lutou arduamente no combate à ordem escravista, entre as suas muitas idéias estavam a abolição sem indenização dos senhores e a distribuição de terras aos libertos para que tivessem condições de conseguir meios para sobreviver e seguirem suas vidas com dignidade. Nomes, também, como José do Patrocínio foram grandes influências, tendo sua vida inteira dedica à liberdade e ao fim da escravatura. Pressionado por manifestações internas e externas, o Governo Imperial Brasileiro (Dom Pedro II e Família Real), pôs em prática seu plano de abolir a escravidão gradualmente, e para isso aprovou as chamadas leis abolicionistas.
-A Lei do Ventre Livre, dizia que os filhos de mãe escravas nascidos em 1871, a partir daquela data seriam considerados livres a partir da idade de 18 anos, mas os senhores ainda tinham o direito de ficar com eles até os 21 anos de idade.
Em 1885, a lei dos Sexagenários declarava livres os escravos com mais de 60 anos, mas poucos conseguiram atingir essa idade. A lei provocou reações contrárias ao Governo Imperial e a campanha abolicionista esquentou, conseguindo o apoio de diversos setores da sociedade.
Em 1888, Dom Pedro II estava em viagem pela Europa e sua filha princesa Isabel, que ocupava interinamente o trono, finalmente aprovou a lei Áurea, cedendo as pressões. No dia 13 de maio de 1888 foi declarada extinta a escravidão no Brasil.

Um comentário:

  1. João Paulo e Samuel,
    gostei do trabalho. Ficou um ótimo resumo, bem organizado e original

    Pequenas observações:
    - Faltou associar as imagens ao texto. Elas são muito boas mas ficaram "soltas"
    - Faltou uma leitura final do texto, para evitar alguns erros ortográficos... O que está em vermelho são correções que precisei fazer.

    Onde está a bibliografia?

    Nota: João Paulo 45/80 - Samuel 70/80

    Conteúdo/Compreensão: 28/30
    Empenho/texto próprio: 4/5
    Uso das imagens: 3/5
    Apresentação em aula: João Paulo 10/40 - Samuel 35/40

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